O dilema entre dinheiro ou cartão em viagens internacionais

Como tomar as melhores decisões e garantir uma viagem inesquecível, sem surpresas desagradáveis

Aline Castro
Por Aline Castro  - Economia 4 Min Leitura
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Imagem: Adobe Stock
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Em uma passagem por Londres alguns anos atrás, fui confrontada com a expressão “Quem converte não se diverte”, proferida por um companheiro de viagem após sairmos de uma loja de departamentos que nos seduziu a compras impulsivas. O ambiente fervilhante da loja, repleto de promoções tentadoras, nos envolveu no espírito extravagante das compras.

Lembro-me vividamente da disparidade cambial entre a Libra Esterlina e o Real brasileiro, atingindo uma proporção de 6 para 1. A conversão de nossas compras em libras para reais revelou um custo significativo, exemplificado por minha própria despesa de 215 libras, que, convertidas para o real, totalizaram R$ 1.360,95. Esse choque financeiro foi apenas o prelúdio do que estava por vir em nossa jornada.

Ao chegar ao hotel, vi-me obrigada a realizar cálculos meticulosos para evitar ficar sem recursos durante o restante da viagem. Dessas reflexões, extraí lições cruciais sobre o preparo financeiro para viagens internacionais, as quais compartilho neste artigo.

  1. Orçamento Diário:

Ao planejar uma viagem ao exterior, determine antecipadamente a quantia de dinheiro a ser levada e divida-a pelo número de dias de viagem. Por exemplo, se sua viagem envolver US$ 1.000 em despesas e durar 10 dias, distribua o orçamento diário de forma equitativa, resultando em US$ 100 por dia.

  1. Evite Conversões Desnecessárias:

Resista à tentação de converter valores de itens essenciais, como alimentação e transporte, ou ingressos para pontos turísticos. A constante conversão pode distorcer a percepção do custo real, prejudicando a experiência de alimentação e visitação a locais imperdíveis.

  1. Avalie a Necessidade de Compras:

Ao deparar com produtos tentadores, avalie se sua aquisição é verdadeiramente necessária. Compare preços com os do Brasil e verifique em que lugar o item sairia mais em conta. Evite influências externas que possam levar a compras impulsivas, mantendo o foco nas despesas significativas.

  1. Dinheiro ou Cartão? Controle é Fundamental:

Ao decidir entre levar dinheiro ou cartão em uma viagem internacional, é crucial considerar o controle sobre o uso do cartão de crédito. Caso ainda não tenha plena confiança na administração dessa opção, desconsidere-a temporariamente. Isso se deve ao fato de que o valor do dólar utilizado na compra não será o mesmo do dia em que você adquiriu o item, mas sim o dia em que a fatura do seu cartão fechar. É importante ressaltar que esse valor tende a variar para mais, acrescido do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38% sobre o valor da compra.

  1. Pesquisa e Preparação:

Antes de embarcar em uma viagem internacional, realize pesquisas detalhadas sobre os custos locais. Consulte opiniões de outros viajantes para estimar um orçamento adequado. Viajar com um orçamento flexível é fundamental para evitar contratempos causados por imprevistos e gastos adicionais.

Desejo a todos boa sorte e muito sucesso na administração financeira durante suas viagens internacionais. O equilíbrio é a chave para transformar a jornada em uma experiência prazerosa, evitando estresses e frustrações decorrentes de gastos imprevistos.

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Posted by Aline Castro Economia
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Master Coach Integral Sistêmico, com especialização em Coach Financeiro e Inteligência Multifocal, Mentora de finanças. Ama ensinar as pessoas a saírem das dívidas, organizarem suas finanças, investir e prosperarem na área financeira.
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