Berço dos pioneiros da construção de Brasília, a Região Administrativa da Candangolândia completa 67 anos de história nesta sexta-feira (3). Nos últimos quatro anos, o Governo do Distrito Federal investiu cerca de R$ 12 milhões na cidade, em obras de mobilidade e na reforma de equipamentos públicos. O aporte visa a modernização da infraestrutura e conservar o ar interiorano da região, que reúne cerca de 17 mil moradores em área de 660 hectares.
A festa de aniversário da cidade começa nesta sexta, com um passeio ciclístico. A concentração será na Praça dos Estados, às 19h. No domingo (5), haverá uma missa, às 19h, na Paróquia São José Operário. No dia 8, será realizada uma sessão solene em homenagem à cidade no Salão Comunitário; e, no dia 18, ocorre um desfile cívico e corte de bolo. Outros eventos serão divulgados pelas redes sociais da Administração Regional da Candangolândia.
“A Candangolândia chega aos 67 anos como um lugar de paz, no meio de um coração pulsante que é Brasília. É uma cidade bem-cuidada, e tem crescido verticalmente. Recebemos novos moradores todos os dias e trabalhamos para melhor atendê-los para criarem raízes aqui, assim como nossos pioneiros fizeram”, afirma o administrador regional Marcos Paulo Alves da Silva. Segundo ele, novas intervenções sairão do papel em breve, como a construção de novos parques, praças e equipamentos de saúde.
Uma das mais recentes obras é a ciclovia que liga a Candangolândia ao Núcleo Bandeirante, inaugurada em agosto deste ano. Batizada de Abdel Rauf Hassan Husni Karajah, em homenagem ao ex-administrador das duas regiões, a pista tem 3,3 km de extensão e fica às margens da Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB). A faixa foi construída pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF) e recebeu aporte de R$ 800 mil.
Além disso, instalada no endereço atual em 1993, a Feira Permanente da Candangolândia passou por reforma total em 2021, com investimento de R$ 2,2 milhões. Foram executados dezenas de serviços na feira, entre eles troca do alambrado, nova comunicação visual, instalação de exaustores eólicos, revisão do telhado, recuperação do piso e revisão geral das instalações elétrica e hidráulica.
Em abril do mesmo ano, foi entregue a Praça do Bosque, um dos principais pontos de lazer e desporto da população. Com aporte de mais de R$ 500 mil, proveniente de emenda parlamentar do deputado distrital Hermeto, a área de mais de 13 mil m² tem capacidade para receber cerca de 400 pessoas simultaneamente. O espaço conta com quadra poliesportiva, parque infantil, churrasqueiras, campo sintético, pista de skate e quadra de areia.
Outros pontos emblemáticos da região administrativa que foram repaginados são o primeiro ponto de táxi de Brasília, criado por Oscar Niemeyer, o Salão Comunitário, a Biblioteca Pública, quatro quadras poliesportivas, dois campos sintéticos e a passarela de pedestres sobre a Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). As cinco escolas públicas da Candangolândia também foram reformadas, com intervenções estruturais, como a manutenção do sistema elétrico, e reparos gerais, desde pintura de paredes a trocas de piso.
Para o aposentado Israel José dos Santos, 84 anos, as reformas valorizam a cidade, uma das primeiras do DF. Nascido em Pernambuco, ele chegou à capital federal na década de 1960 para buscar novos horizontes profissionais. “Consegui um trabalho e aqui fiquei, ainda na época da Cidade Livre. Após anos depois fui para Pernambuco para buscar meus pais, tive meus filhos, sete no total, e voltei para cá”, conta. “Aqui é ótimo. Fico aqui, na praça, todos os dias, vendo a vida passar. É uma cidade completa”, acrescenta.
Quem também gosta de aproveitar as praças da Candangolândia é a empregada doméstica Rosi Silva, 35 anos. Sempre que tem um tempo livre, ela vai à Praça das Nações. “Vim para a Candanga há dois anos e gostei muito: é uma cidade tranquila, calma e tem tudo próximo de casa. É uma cidade bem-conservada, mas que mudou muito, né?”, diz.