Hoje trazemos uma importante discussão que impacta diretamente o campo da saúde no Brasil. Recentemente, o Senado aprovou o Projeto de Lei 1.438/2022, que autoriza o uso da ozonioterapia como tratamento complementar em todo o país. Inicialmente, o texto limitava sua aplicação exclusivamente a médicos, mas a Câmara dos Deputados promoveu uma alteração que agora inclui profissionais de saúde de nível superior.
A ozonioterapia é uma terapia que utiliza o ozônio como agente terapêutico, conhecido por suas propriedades germicidas, anti-infecciosas, anti-inflamatórias e analgésicas. Contudo, é fundamental esclarecer que esse tratamento deve ser realizado por profissionais habilitados, utilizando equipamentos regulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Para aprofundarmos nessa temática e entendermos melhor os aspectos técnicos e implicações da aprovação deste projeto, entrevistamos a enfermeira Arielle Gomes especialista no assunto. A nossa convidada irá nos esclarecer sobre a ozonioterapia, suas aplicações, bem como trazer à tona as preocupações manifestadas pelo Senador Dr. Hiran, que ressaltou a importância de não substituir métodos convencionais de tratamento.
Vou dar um exemplo. Quando se diz: “olha, a ozonioterapia é boa para tratar câncer”, uma pessoa pouco esclarecida pode fazer ozonioterapia achando que está tratando uma doença extremamente grave e negligenciar tratamentos mais eficazes. Eu queria aqui deixar aqui essa preocupação. Que a gente possa realmente encarar a ozonioterapia como um tratamento absolutamente complementar e que não tem um consenso técnico, um consenso científico em nenhum lugar desse mundo, relatou o Senador Dr. Hiran
Veja a entrevista com a enfermeira Arielle Gomes, especialista em ozonioterapia.
Jornal Capital Federal: Como a enfermagem pode desempenhar um papel na ozonioterapia após a aprovação do Projeto de Lei 1.438/2022 que amplia a possibilidade de profissionais da saúde atuarem nessa especialidade?
Arielle Gomes da Silva: Nosso papel na ozonioterapia é desempenhado de várias formas e sempre em associação ao tratamento médico, preservando a conduta e prescrição médica.
JCF: Qual é a importância de informar ao paciente que o procedimento de ozonioterapia possui caráter complementar?
Arielle: Toda importância, até porque o objetivo não é abandonar o tratamento médico e sim associar, somar técnicas em uma saúde integrativa! Jamais orientei um paciente desistir de seu tratamento convencional. Pelo contrário, preciso que ele o faça para alcançar melhor êxito na ozonioterapia.
JCF: Como são realizados os procedimentos de ozonioterapia? Quais são as vias de administração mais comum e em quais situações elas são aplicadas?
Arielle: Os procedimentos são realizados de forma local e sistêmica, local via seringa e agulhas em várias regiões do corpo como abdômen para gordura localização ou via retal mediante uma sonda uretral e uma seringa.
Vias sistêmicas: – retal e sanguínea (hemoterapia)
Vias locais – capilar, otológica, paravertebrais, intramuscular, intra-articular, nasal, ginecológica…
JCF: Quais são os cuidados necessários durante e após a aplicação da ozonioterapia? Existem contraindicações ou efeitos colaterais que os pacientes devem estar cientes?
Arielle: Os cuidados a serem tomados ocorrem mediante uma consulta prévia, com uma boa coleta de dados e anamnese do paciente, exames laboratoriais recentes também fazem parte dessa prevenção. Pois o procedimento é seguro e eficaz, mas como todo tratamento tem suas contraindicações, por exemplo: CONTRA INDICADO EM PACIENTES COM ANEMIAS, que possui G6PD, tireoidismo não tratado, alto nível de Ferritina, ou que teve alguma doença hemolítica nos últimos 30 dias, como dengue.
JCF: Quais são suas perspectivas para o futuro da ozonioterapia no Brasil, considerando sua experiência como enfermeira especializada nessa área?
Arielle: Que em um futuro próximo essa terapia faça parte do SUS, para que todos tenham acesso aos benefícios da ozonioterapia!
JCF: Você acredita que a ozonioterapia pode se tornar um tratamento mais amplamente adotado no sistema de saúde do país? Se sim, quais desafios precisarão ser superados para isso acontecer?
Arielle: Tenho a expectativa que a ozonioterapia seja inserida no SUS e associada aos tratamentos convencionais em busca de ofertar ao nosso paciente o direito de ser tratado com equidade e eficiência, principalmente para os pacientes acamados que se encontram com muitas lesões cutâneas que possuem comprometimento da oxigenação o que impede uma boa cicatrização. A ozonioterapia associada a uma suplementação nutricional é muito eficaz!
Tratamento com ozônio é vida. Ele atua em todas as áreas do nosso corpo.
Ozonioterapia no Brasil: tratamento complementar em pauta – Jornal Capital Federal
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