Um dos mais emblemáticos cartões-postais de Taguatinga, a Praça do Relógio foi reinaugurada nesta quinta-feira (5), após uma reforma completa. O espaço, que é referência arquitetônica e afetiva para a cidade, recebeu um investimento de cerca de R$ 6 milhões do Governo do Distrito Federal (GDF). A entrega aconteceu no mesmo dia em que Taguatinga celebrou 67 anos de história.
O governador Ibaneis Rocha participou da solenidade, acompanhado de autoridades locais e moradores. Ex-morador da região, ele destacou a importância da obra para o desenvolvimento da cidade. “Quando o governo investe com seriedade, o desenvolvimento chega ou volta, como é o caso de Taguatinga”, afirmou.
A requalificação da Praça preservou suas características históricas, ao mesmo tempo em que modernizou a infraestrutura. Foram construídas novas calçadas em pavimento rígido, instalada uma baia de ônibus e implantado um sistema de drenagem com quatro bocas de lobo — estrutura antes inexistente. Além disso, a principal marca do local, a estrutura do relógio, foi totalmente restaurada, com troca de acrílico, reforma da casa de máquinas e revitalização da fonte luminosa.
Para o aposentado Divino de Souza, de 79 anos, que vive em Taguatinga desde 1960, a entrega da obra representa um sonho realizado. “Esse relógio sempre esteve parado. Ver agora funcionando traz uma alegria muito grande”, revelou, emocionado.
A Praça do Relógio, criada na década de 1970, é considerada o coração da cidade. Estima-se que mais de 100 mil pessoas circulem diariamente por ali, seja para transitar, trabalhar ou participar de atividades culturais. A estação de metrô do local, por exemplo, recebe cerca de 10 mil usuários todos os dias.
O professor Romildo Ribeiro, de 56 anos, não escondeu a satisfação com o novo cenário.
A praça sempre foi o centro de Taguatinga, mas estava muito abandonada. Agora ela está bonita, ampla, do jeito que a cidade merece.
Além da Praça do Relógio, Taguatinga vem passando por profundas transformações. Obras como a do Túnel de Taguatinga e a restauração do Boulevard reforçam esse processo. De acordo com o secretário de Obras e Infraestrutura, Valter Casimiro, a entrega da Praça simboliza a conclusão das principais intervenções no centro da cidade. “Esse era o último equipamento que faltava ser reformado”, destacou.
O avanço estrutural também se estende à educação e à mobilidade. Entre os investimentos recentes, estão a entrega do Centro de Educação da Primeira Infância (Cepi) do Setor J Norte, a construção de outra creche no Setor L Norte, além de quatro novos módulos escolares. Na mobilidade, a restauração do Pistão Sul, com mais de R$ 42 milhões aplicados na recuperação de quase 11 km da via, trouxe melhorias significativas para o trânsito.
O administrador regional de Taguatinga, Renato Andrade, ressalta o impacto dessas mudanças no desenvolvimento econômico da cidade. “No início do governo Ibaneis, tínhamos cerca de 15 mil empresas. Hoje são mais de 40 mil. Isso gera emprego, renda e reforça o orgulho de ser taguatinguense.”
A vice-governadora Celina Leão destacou o simbolismo da entrega da Praça no aniversário da cidade.
Devolver à comunidade um de seus maiores símbolos é um reconhecimento da força e da história de Taguatinga.
Outras ações complementam esse movimento de recuperação urbana, como a revitalização de importantes eixos em Brasília, a reabertura do Teatro Nacional, a reforma das tesourinhas e a reconstrução do Viaduto da Galeria dos Estados.
Para o governador Ibaneis Rocha, as obras são um reflexo da preocupação com a qualidade de vida da população.
Hoje mesmo assinamos o contrato para construção de mais seis UPAs, enquanto três hospitais seguem em construção, destacou.
O secretário de Governo, José Humberto Pires de Araujo, sintetizou o sentimento do momento: “Hoje é um dia muito feliz. Estamos dando esse presente para toda a cidade, que nasceu dois anos antes de Brasília e carrega o empreendedorismo como sua principal marca”.
A nova Praça do Relógio não apenas resgata a autoestima de Taguatinga, mas também reafirma seu papel como polo vital do Distrito Federal — um espaço onde memória, identidade e futuro se encontram.
