PMDF investe em preparo humano e estratégico de novos praças

Curso de formação leva alunos da Polícia Militar do DF a refletirem sobre direitos, desaparecimentos e o papel social da corporação

Redação
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Alunos do Curso de Formação de Praças da PMDF participam de palestra sobre segurança pública humanizada e políticas de enfrentamento ao desaparecimento de pessoasImagem: Divulgação/SSP-DF
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Na segunda-feira (28), os 1.237 alunos do Curso de Formação de Praças (CFP) da Polícia Militar do Distrito Federal participaram de uma série de palestras voltadas para temas que extrapolam o treinamento tradicional. A proposta é formar profissionais conscientes, preparados para atuar com técnica, sensibilidade e responsabilidade social.

Ainda em fase de estágio supervisionado, os futuros policiais já tiveram a oportunidade de colocar parte dos aprendizados em prática em eventos como o Carnaval e a Via Sacra do Morro da Capelinha. Agora, a formação se aprofunda com debates que tratam de forma direta questões sociais complexas, como o desaparecimento de pessoas.

Durante as atividades, o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Avelar, destacou a importância de formar policiais comprometidos com a integridade e com a construção de uma segurança pública eficaz. Para ele, é essencial que a atuação policial vá além da técnica, incluindo competências como a mediação de conflitos e a valorização dos direitos humanos.

Desaparecidos: uma pauta urgente

Outro destaque das palestras foi o trabalho da corporação no enfrentamento aos desaparecimentos. O tema, sensível e urgente, foi tratado como prioridade institucional. Segundo o subsecretário de Políticas Públicas da SSP-DF, Jasiel Fernandes, lidar com casos desse tipo exige agilidade, empatia e integração entre órgãos. Ele ressaltou a importância da Rede Integrada de Atenção Humanizada ao Desaparecimento de Pessoas como uma iniciativa que alia preparo técnico e sensibilidade.

A abordagem adotada pela PMDF busca ir além da preparação para o uso da força. A ideia é formar profissionais capazes de enxergar o contexto em que atuam e de se colocar no lugar do outro. Para a capitã Mônica Pontes, da Escola de Formação de Praças, ser policial é uma missão que exige mais do que conhecimento técnico — exige coragem, empatia e compromisso com a vida.

O CFP, iniciado em setembro do ano passado, faz parte de uma estratégia pedagógica que visa capacitar os novos praças de maneira ampla e alinhada às demandas reais da sociedade. Mais do que formar agentes da lei, a PMDF busca formar cidadãos que também carreguem em sua atuação a responsabilidade de proteger, escutar e respeitar.

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