IgesDF aposta na união entre técnica e empatia para transformar o cuidado

Campanha de abril reforça compromisso com a humanização, prevenção de riscos e protagonismo dos profissionais da saúde pública do DF

Redação
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Profissionais da saúde participam de dinâmicas interativas durante a campanha “Abril pela Segurança do Paciente”, promovida pelo IgesDF para fortalecer a cultura de prevenção e humanização no atendimentoImagem: Alberto Ruy/IgesDF
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No Distrito Federal, a segurança dos pacientes da rede pública de saúde deixou de ser apenas um protocolo. Em abril, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF) deu um passo além ao promover uma campanha que transformou normas em atitudes, e números em rostos. O Mês Nacional da Segurança do Paciente foi celebrado com uma programação que aproximou o cuidado técnico da empatia, fazendo da prevenção uma construção coletiva.

A iniciativa, intitulada “Abril pela Segurança do Paciente”, teve como foco sensibilizar e engajar os profissionais para uma cultura mais vigilante, justa e acolhedora. A proposta não se limitou à teoria: levou dinâmicas, palestras e atividades práticas para dentro das unidades hospitalares e de pronto atendimento, promovendo reflexões sobre como pequenas atitudes podem evitar grandes riscos.

Conscientizar sobre barreiras de segurança é essencial, mas também é preciso ouvir e apoiar quem está na linha de frente, lidando com decisões difíceis todos os dias, afirma Samara Leal, chefe da área de Segurança do Paciente do IgesDF.

Para ela, a transformação começa quando se une conhecimento técnico com sensibilidade humana.

Abertura com troca de saberes

A abertura do evento ocorreu no auditório do Hospital de Base (HBDF), com transmissão ao vivo para cerca de 200 colaboradores. As palestras abordaram temas sensíveis, como a cultura justa nos serviços de saúde e o acolhimento à chamada “segunda vítima” — o profissional impactado emocionalmente por eventos adversos.

Nas unidades, a teoria ganhou vida. Dinâmicas com enigmas, simulações e jogos estimularam o raciocínio crítico e o trabalho em equipe. Mais do que engajar, as atividades colocaram os profissionais como protagonistas da própria prática. A ideia era simples: aprender fazendo, refletindo, colaborando.

Para o presidente do IgesDF, Cleber Monteiro, a segurança não pode ser vista como um adendo à assistência, mas como parte essencial da identidade institucional. “Investir na segurança do paciente é investir na qualidade do atendimento. É criar um ambiente onde cada colaborador se sinta escutado, respeitado e preparado para agir com responsabilidade e acolhimento”, afirma.

A campanha também evidenciou a importância da comunicação eficaz e da notificação de incidentes como ferramentas de aprimoramento contínuo. Longe de buscar culpados, a proposta é promover uma cultura justa, em que o erro é analisado como uma oportunidade de aprendizado e não como uma falha isolada.

Ao longo do mês, novas ações seguirão nas unidades geridas pelo instituto, reforçando o compromisso com um ambiente hospitalar mais seguro, humano e eficiente. O recado é claro: prevenir é um ato coletivo — e cuidar, antes de tudo, é um gesto de escuta e respeito.

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