Bolsa Maternidade leva dignidade a mais de 19 mil famílias no DF

Programa Bolsa Maternidade já beneficiou mais de 19 mil mães em situação de vulnerabilidade no DF

Redação
Por Redação 3 Min Leitura
3 Min Leitura
Kits com itens essenciais garantem mais dignidade e acolhimento para mães em situação de vulnerabilidade no DFImagem: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília
ouça o post

Desde que foi criado, em 2020, o programa Bolsa Maternidade tem transformado o início da maternidade para milhares de mulheres do Distrito Federal. Voltado a mães em situação de vulnerabilidade social, o benefício já entregou mais de 19,4 mil kits com itens essenciais para os cuidados dos recém-nascidos.

Somente em 2024, o número de entregas chegou a 7.093. A marca representa um salto de 474% em relação ao início do programa, que integra a política de assistência social coordenada pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes).

A secretária da pasta, Ana Paula Marra, atribui esse crescimento às melhorias logísticas. Antes, os kits eram retirados nas maternidades. Agora, a entrega ocorre nos próprios Centros de Referência de Assistência Social (Cras), no momento do atendimento à família. A mudança acelerou o processo e facilitou o acesso ao benefício.

O que vem na bolsa

A bolsa inclui 21 itens do enxoval básico, como roupas, fraldas, toalhas e produtos de higiene. Junto dela, as mães recebem uma parcela única de R$ 200, o chamado auxílio-natalidade, válido também para casos de natimorto.

A iniciativa alcança histórias como a de Sunamita Turpo, 29 anos, mãe da pequena Estela. “Descobri a gravidez com apenas dois meses de antecedência. Foi tudo muito corrido. Quando cheguei ao Cras em busca de ajuda, saí de lá com a bolsa. Veio na hora certa”, relembra. As roupas serviram até os três meses da bebê, e as fraldas também duraram um bom tempo.

Lorena Pereira, 37, moradora de Samambaia, compartilha sentimento semelhante. Mãe de Walison, ela recebeu o kit pouco antes do parto.

Fiquei sabendo do programa ainda nas consultas pré-natais. As roupinhas ajudaram demais, principalmente porque o bebê chegou antes do previsto, conta.

Para ter acesso ao benefício, é necessário residir no Distrito Federal há pelo menos seis meses e ter renda familiar per capita de até meio salário mínimo. O pedido pode ser feito até 30 dias após o parto em qualquer Cras. Mulheres em situação de rua também têm direito ao programa, com atendimento garantido pelos Centros Pop ou Creas.

A documentação exigida inclui certidão de nascimento ou declaração de nascido vivo, documentos de identificação da mãe, CPF, comprovante de renda e de residência.

Mais que um conjunto de itens, a Bolsa Maternidade representa alívio, acolhimento e dignidade para quem começa uma nova jornada, muitas vezes sem qualquer estrutura. Um gesto simples, mas que faz toda a diferença quando o primeiro choro ecoa pela casa.

Compartilhe esse Artigo
Deixe sua opnião
Verified by MonsterInsights