O carnaval de 2025 no Distrito Federal será marcado por novas medidas de segurança, com ênfase na proteção das mulheres. Para manter os índices positivos do ano passado, quando não houve registros de importunação ou violência sexual durante as festividades, o Governo do Distrito Federal (GDF) anunciou, nesta terça-feira (18), o reforço no protocolo de segurança com a adoção do “Por Todas Elas”. Desenvolvido pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), o protocolo visa intensificar ações de combate à violência e ao assédio sexual durante os blocos carnavalescos.
A ação, instituída pela Lei 7.241/2023, será implementada em todos os blocos que integram o DF Folia 2025, com o apoio de servidores da Sejus, que atuarão em eventos de maior concentração de público no Plano Piloto e em outras regiões como Taguatinga, Samambaia, Ceilândia e Planaltina. Durante as festividades, as equipes da Secretaria serão responsáveis pela divulgação das medidas de prevenção e pelo acolhimento das vítimas de violência, criando espaços específicos para esse atendimento.
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou a importância do protocolo: “O carnaval deve ser um espaço de alegria e segurança para todas. Apresentar o protocolo aos blocos é essencial para garantir respeito e proteção às foliãs”. A medida visa garantir um ambiente mais inclusivo e seguro, rompendo o ciclo de violência por meio da conscientização e apoio às vítimas.
A importância da parceria entre GDF e blocos
A subsecretária de Apoio a Vítimas de Violência da Sejus, Uiara Mendonça, também ressaltou a importância do trabalho conjunto com os organizadores dos blocos. “A informação é fundamental para evitar a violência, e nossa função é orientar tanto os foliões quanto os responsáveis pelos blocos sobre como proceder diante de uma situação de assédio”, afirmou.
O apoio do governo foi ressaltado por Jorge Cimas, diretor da Liga dos Blocos Tradicionais e integrante do grupo Mamãe Taguá. Para ele, a parceria com a Sejus é fundamental para garantir que a segurança seja efetiva: “A segurança não pode ser responsabilidade só nossa. O trabalho conjunto facilita e fortalece a proteção ao público”.
Para Bianca Ludgero, do Bloco do Amor, a medida também representa um avanço na criação de um ambiente acolhedor e seguro para os foliões.
Queremos garantir um acolhimento humanizado para as vítimas de violência. O protocolo nos ajuda a entender como oferecer esse suporte de maneira mais reservada e segura, afirmou.
Com a implementação do protocolo “Por Todas Elas”, o GDF espera consolidar o carnaval como um evento não apenas de diversão, mas também de respeito, empatia e proteção para todos, especialmente para as mulheres.