No Distrito Federal, a educação se apresenta como uma ponte para a transformação e a superação. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF) anunciou com orgulho a aprovação de 33 jovens e adolescentes do Sistema Socioeducativo no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos para Pessoas Privadas de Liberdade (Encceja PPL). O resultado do exame, realizado em outubro de 2024, garantiu a aprovação de 15 alunos para o ensino fundamental e de 18 para o ensino médio.
Com um total de 178 socioeducandos inscritos, as unidades de internação de Santa Maria (UISM) e Planaltina (UIP) se destacaram pelo número de aprovações, somando 11 e 9, respectivamente. O desempenho positivo revela o esforço das equipes pedagógicas e a dedicação dos próprios estudantes, que, com determinação, buscam uma chance de reescrever suas histórias.
Os alunos receberam aulas preparatórias de professores da rede pública do DF, com foco nos conteúdos exigidos pelo Encceja PPL. O exame, que segue o mesmo nível de exigência da versão regular, é destinado a jovens e adultos que não puderam concluir os estudos dentro da faixa etária adequada. As disciplinas avaliadas incluem Língua Portuguesa, Matemática, Ciências e Redação.
Um passo importante para o futuro dos jovens
A secretária de Justiça e Cidadania, Marcela Passamani, ressaltou a importância do acesso à educação para esses jovens. Segundo ela, a educação tem o poder de romper o ciclo de violência e abrir novas portas para um futuro mais digno e cheio de possibilidades.
Quando garantimos acesso à educação, os socioeducandos enxergam novas possibilidades e conquistam um futuro melhor, afirmou.
A iniciativa, que busca reduzir a distorção idade-série e reforçar a educação como ferramenta de transformação social, é um passo significativo no fortalecimento da cidadania desses jovens. Ao conquistar a certificação do ensino fundamental ou médio, eles não apenas avançam em sua trajetória educacional, mas também ganham mais oportunidades para sua reintegração à sociedade.
O Encceja PPL exige que os participantes tenham, no mínimo, 15 anos completos para o ensino fundamental e 18 anos para o ensino médio, além de atingirem a pontuação mínima estipulada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) para garantir a certificação.
A conquista desses 33 jovens é uma prova de que, mesmo diante das adversidades, a educação permanece sendo um dos maiores instrumentos de mudança.