Pelo menos quatro furtos grandes de cabos de energia aconteceram no último mês em Taguatinga, na região central, mais especificamente na C-12. No sábado (24) os ladrões voltaram a agir na caixa de energia em frente ao prédio da Stop Lanches e da Fênix produtos importados e nacionais. Foram furtados pelo menos 70 metros de cabos, deixando os seis prédios que formam o conjunto comercial sem energia em várias de suas unidades.
“É a coisa mais comum aqui no centro. E no Distrito Federal está virando febre roubar cabos de energia”, destacou Fernando Vieira, que é técnico na Nova Engenharia, que presta serviços para a Neoenergia. Segundo ele, os furtos acontecem todos os dias, mais no horário da madrugada. “É um tipo de furto que a polícia tem como combater diretamente sem a ajuda da população, porque ele acontece em todo o DF”, afirma o técnico. Se forem compultados os furtos que aconteceram na C-12 nos últimos 30 dias, mais de 250 metros de cabos de energia de alta voltagem foram furtados nas imediações da quadra. Desta vez a falta de energia atingiu alguns comércios e apartamentos do prédio da Stop Lanches, Fênix Eletrônicos e presentes e a Drogaria Rosário. Lá estão instalados entre outros comércios, escritórios de advogados, ourives, dentistas e uma escola de consertos de celular. Uma boa parte dessas empresas e dos apartamentos ficou às escuras.
Por falta de uma administração central dos prédios ou um condomínio é quase impossível avaliar o tamanho do prejuízo que empresários e moradores sofreram de sábado até a terça (27).
No meu apartamento não fui atingido pela queda de energia. Os cabos são divididos em três fases para o prédio e no andar onde eu moro não ficamos no escuro, mas o meu primo que mora um andar acima do meu está sem energia desde sábado”, afirmou João Pedro, do Stop Chaveiros que mora em um dos prédios.
O gerente da Fênix eletrônicos e presentes, Enzo Botelho reclamou mais da demora para resolver o problema “Estamos desde ontem sem energia e para uma loja que trabalha com artigos eletrônicos, isso é horrível. A Neoenergia ou as empresas que prestam serviço à ela poderiam ser mais ágeis neste sentido”, disse.
Risco de morte
“Se a pessoa que furta os cabos tivesse noção do risco que ela corre quando pratica o delito, nunca mais tocaria em uma caixa daquelas. Tem caixa dessas que trabalham com 1 mil, mil e 200 Whats e isso é perigoso para nós, imagina para uma pessoa que está se aventurando para ganhar alguns trocados”, disse Fernando Vieira.
A média de ocorrências no Distrito Federal supera em muito 50 a 60 por BOs no mês. A PMDF divulga o número 190 para qualquer episódio flagrado pelos usuários.