Multidão lota Avenida Paulista em manifestação pró Bolsonaro

Manifestação reúne 750 mil pessoas, destaca defesa a Israel e discute futuro político em meio a tensões com o STF

Paulo Cesar Sampaio
Por Paulo Cesar Sampaio 3 Min Leitura
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Imagem: Reprodução/Internet
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Milhares de brasileiros vestidos com as cores da bandeira nacional inundaram a principal avenida do país neste domingo, em um ato de apoio ao ex-presidente, mesmo diante de sua inelegibilidade. Segundo informações da Polícia Militar, aproximadamente 750 mil pessoas compareceram ao evento, marcando um dos maiores atos na Avenida Paulista, embora ainda aquém do recorde registrado em 2015 durante o impeachment de Dilma Rousseff.

Em uma iniciativa diferente das manifestações anteriores da direita, o evento contou com poucos cartazes criticando o Supremo Tribunal Federal e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atendendo a um pedido do presidente Jair Bolsonaro.

Entre os presentes, destacaram-se 115 parlamentares, quatro governadores (de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Santa Catarina) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que estiveram presentes no trio. Suas aparições foram marcadas por uma tentativa de associar suas imagens à de Bolsonaro, em um contexto de preparação para as eleições municipais deste ano.

Diversas personalidades discursaram no evento, entre elas Michelle Bolsonaro, Tarcísio Gomes de Freitas e Nikolas Ferreira. Contudo, foi Silas Malafaia quem se destacou, sendo o organizador e financiador do evento com uma contribuição de R$ 100 mil. Malafaia abordou diversos temas sensíveis, incluindo críticas ao ministro Alexandre de Moraes do STF e à mídia tradicional.

A defesa de Israel foi um tema recorrente nos discursos, após a polêmica fala de Lula sobre o país. Bandeiras de Israel foram vistas entre a multidão, refletindo o apoio ao país.

Falas de Bolsonaro

Durante seu discurso, o ex-presidente Bolsonaro exaltou medidas de seu governo e evitou críticas diretas, inclusive ao Supremo Tribunal Federal. Ele negou qualquer intenção de golpe, enfatizando que a decisão sobre um estado de sítio caFabe ao Congresso Nacional. Sua abordagem buscou uma mensagem de pacificação, defendendo o perdão aos envolvidos em episódios de violência e destacando a necessidade de “passar a borracha no passado”.

O ato ocorreu em um momento de crescente pressão do STF sobre Bolsonaro, com autorização de operações da Polícia Federal contra seus familiares, aliados e o próprio ex-presidente. Essas ações, que incluem investigações sobre supostas tentativas de golpe de Estado, criaram um ambiente político tenso no país.

Oposição

Enquanto isso, parlamentares alinhados ao Partido dos Trabalhadores (PT) classificaram a manifestação como “golpista” e criticaram a presença dos governadores, chamando-a de “vergonhosa”.

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