Nos últimos dez anos, os brasileiros têm enfrentado um aumento expressivo no custo de fazer refeições fora de casa, com um acréscimo médio de 70% nos valores. Em 2014, o tradicional prato feito, composto por arroz, feijão, proteína, batata e salada, custava, em média, 27 reais. Contudo, atualmente, o mesmo prato é encontrado por cerca de 46 reais. Esse aumento de preços é um fenômeno que abrange todas as regiões do país, com maior intensidade na região Sudeste.
É importante destacar que esses aumentos superaram a taxa de inflação durante a última década, tornando as refeições fora de casa uma despesa significativamente mais onerosa do que a média dos outros gastos do brasileiro.
Orçamento
Para dimensionar esse impacto no orçamento dos trabalhadores, considere-se o Vale-Refeição (VR). Levando em conta que cada mês tem em média 22 dias úteis, o valor mínimo do VR necessário para cobrir o custo de uma refeição completa deveria ser de R$ 1.025. Como alternativa a essa despesa crescente, muitos brasileiros têm optado por levar suas próprias marmitas e recipientes para o trabalho, buscando economizar nesse cenário de preços em alta.
Tendo em vista a renda média mensal do brasileiro, que é de R$ 2.921, fica evidente que fazer apenas uma refeição completa fora de casa nos dias úteis já representa quase metade do ganho mensal, equivalente a 35% da renda mensal. Esse aumento nos preços da alimentação fora de casa torna-se uma preocupação significativa para muitas famílias, que precisam ajustar seus orçamentos para acomodar esse custo crescente.