Quase quarenta operários filipinos que participaram da construção dos estádios para a Copa do Mundo de 2022 no Catar entraram com um processo judicial contra a empresa americana Jacobs Solutions. Os trabalhadores alegam terem sido submetidos a condições perigosas e desumanas durante o projeto.
Os requerentes protocolaram sua ação em um tribunal de Denver, acusando a Jacobs Solutions e suas empresas subsidiárias de forçá-los a viver em alojamentos insalubres e apertados. Além disso, relatam ter trabalhado jornadas de 72 horas, expostos a altas temperaturas, sem acesso adequado a comida e bebida.
Os operários também afirmam que parte de seus salários não foi pago, e que tiveram seus passaportes confiscados, impedindo-os de retornar às Filipinas. Até o momento, a empresa em questão não se manifestou sobre as alegações feitas pelos trabalhadores.
As críticas ao Catar em relação às condições de trabalho e direitos dos trabalhadores surgiram muito antes da realização da Copa do Mundo, com relatos de mortes de trabalhadores durante a construção das instalações do torneio. Em resposta, o governo do Catar alega que não houve fatalidades e destaca um aumento no salário mínimo do país desde 2020.