Exploração sexual infantojuvenil – uma triste realidade cada vez mais presente

As redes sociais e os jogos on-line com chats para troca de mensagens são os principais ambientes dos crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes

Flavio Werneck
Por Flavio Werneck  - Segurança Pública 4 Min Leitura
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Imagem: Adobe Stock
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Essa semana tivemos algumas operações dignas de repúdio extremo. No Mato Grosso do Sul tivemos no dia 27/9 a operação “Cyber Argos”. Com uma prisão em flagrante de homem com arquivos que contém abusos sexuais praticados contra menores de idade. Ainda foi cumprido um mandado de busca e apreensão nessa operação. Nesse mesmo dia, na Bahia, foi deflagrada a operação “Pé de Moleque”. As investigações começaram com imagens de uma jovem sendo abusada. Essa operação, assim como a anterior, reprimiu a posse, reprodução e publicação de fotografia e vídeos com cenas de abuso sexual contra crianças e adolescentes. Ainda, na terça-feira (26) também operação no Paraná. Operação “Innocentia” com prisão em flagrante por pedofilia e armazenamento de conteúdo de exploração sexual infantil. E outra em São Paulo. Operação “Cassiel”, um anjo conhecido como o “Anjo das Lágrimas”, protetor dos fracos e oprimidos e responsável por livrar as pessoas do sofrimento terreno.

Por fim, nesse mesmo dia 26/09 a polícia Federal deflagrou uma operação ao nível nacional. A “Rede de Proteção” prendeu vários investigados, processados e condenados por crimes sexuais contra crianças e adolescentes em todo o país. É a primeira operação deflagrada pela Diretoria de Combate aos Crimes Cibernéticos, criada esse ano visando acelerar, qualificar e dar eficiência aos crimes digitais.

Internet e crimes cibernéticos

 Cada vez mais observamos que esses crimes, hediondos e doentios, vêm se proliferando em nossa sociedade. A evolução e disseminação das ‘novas tecnologias’ da internet e da telefonia móvel mudaram a maneira como as pessoas vivenciam suas experiências sociais. A ampliação do círculo de pessoas alcançadas pelas chamadas redes sociais e a instantaneidade com que mensagens de voz e de texto, vídeos e fotos são trocados e replicados nesse ambiente virtual estão no cotidiano de uma parcela considerável da população brasileira. As redes sociais e os jogos on-line com chats para troca de mensagens são os principais ambientes dos crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. O cyberbullying e o estupro virtual estão entre os crimes virtuais que atingem crianças e adolescente, assim como a produção de material pornográfico infantil e o armazenamento e compartilhamento de vídeos de pornografia infantil estão se tornando cada vez mais comuns, segundo o Portal Migalhas.

Mas o que fazer pare evitar que meu filho seja vítima?

 Detectou uso de fotos de seus filhos indevidamente: copie o conteúdo, tire um “print” com o link ou o endereço eletrônico (captura de tela). Entre em contato com o provedor do site o mais rápido possível exigindo a retirada do conteúdo impróprio não autorizado. De preferência por escrito e documentando todo o contato por fotografia ou captura de tela.

Entre em contato com a delegacia da Polícia Civil mais próxima ou faça o boletim de ocorrência na página da Polícia Civil do Distrito Federal, pelo endereço eletrônico


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Posted by Flavio Werneck Segurança Pública
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Advogado, servidor público, mestre em criminologia e pós-graduado pela Escola do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios.
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