Novas possibilidades em educação: o ensino híbrido

Para que essa metodologia seja exitosa, é fundamental garantir que os alunos desenvolvam habilidades metacognitivas

Sandra Mara Bessa
Por Sandra Mara Bessa  - Professora 3 Min Leitura
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Imagem: Adobe Stock
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No Brasil, o ensino híbrido vem ganhando cada vez mais espaço nas escolas e instituições de educação superior. Isso decorre, principalmente, do avanço da tecnologia e da imprescindibilidade de atender a alunos com diferentes necessidades e estilos de aprendizagem. Acredita-se que, com a aplicação adequada das possibilidades tecnológicas e o uso de metodologias ativas, pode-se melhorar a qualidade da educação.

O ensino híbrido, também conhecido como blended learning, é, portanto, uma abordagem pedagógica que combina atividades presenciais e digitais, colocando as tecnologias educacionais a serviço da personalização da aprendizagem. Dessa forma, tal abordagem permite maior adequação às demandas dos alunos, especialmente por possibilitar que a aprendizagem se dê em diferentes ambientes e momentos, de acordo com suas especificidades e interesses.

No ensino híbrido, as atividades presenciais geralmente são utilizadas para atividades que requerem interação entre alunos e professores, como aulas expositivas, discussões e atividades práticas. Já as atividades online são utilizadas para atividades de aprofundamento e aplicação que podem ser realizadas de forma independente, como estudos individuais, pesquisas e trabalhos em grupo.

São inúmeras as vantagens de se adotar o ensino híbrido, dentre elas destacam-se uma maior flexibilidade, uma maior personalização e uma aprendizagem ativa. Dessa forma, professores podem adequar as propostas pedagógicas para atender a diferentes preferências e demandas individuais, desenvolvendo a autonomia e o protagonismo do aluno, que passa a ser o centro do processo educativo.

Desenvolvendo metacognição e infraestrutura educacional

Para que essa metodologia seja exitosa, é fundamental garantir que os alunos desenvolvam habilidades metacognitivas, ou seja, é preciso que cada um compreenda como aprende e quais recursos podem ser mobilizados para qualificar a aprendizagem. Dessa forma, a busca por um processo de autoconhecimento garante a otimização da energia dedicada aos estudos, que se dá pela consciência sobre como se aprende melhor.

Da parte das escolas, ao optarem pelo ensino híbrido, é importante que tenham uma infraestrutura adequada, com acesso à internet e equipamentos digitais. No entanto, não basta investir em infraestrutura, mais que tudo é preciso pensar na formação de professores para que consigam utilizar as tecnologias digitais educacionais em sala de aula a partir de um novo olhar.

Por fim, cabe destacar que a opção por uma abordagem híbrida deve estar em consonância com inúmeros fatores como os objetivos da instituição, os interesses da comunidade escolar e os recursos disponíveis para sua adequada implementação.

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Posted by Sandra Mara Bessa Professora
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Gestora de projetos e especialista em Educação
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