Escolas públicas recebem atividades voltadas para a saúde mental

Em alusão ao Setembro Amarelo, alunos participam de palestras sobre valorização da vida e prevenção ao suicídio

Redação
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Imagem: Joel Rodrigues/ Agência Brasília
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Um grupo de jovens, alunos e ex-alunos da rede pública de ensino do Distrito Federal tem utilizado as salas de aula e os pátios das escolas para falar sobre saúde mental com crianças e adolescentes. Nesta terça-feira (5), foi a vez das mais de 900 crianças da Escola Classe 65, em Ceilândia, receberem a visita do Grupo de Enfrentamento à Depressão e ao Suicídio (Geds).

Em alusão à campanha do Setembro Amarelo, movimento mundial de alerta para a valorização da vida e prevenção ao suicídio, o Geds irá percorrer as escolas da rede pública de ensino com reflexões sobre a saúde mental. “Nosso objetivo é apresentar para eles os temas relacionados ao assunto, reconhecer a importância do autocuidado, de sintomas da ansiedade e depressão, fazer com que reconheçam as emoções deles e do outro através de atividades lúdicas”, destaca a coordenadora do Geds, Vitória Kalil.

O Grupo de Enfrentamento à Depressão e ao Suicídio vai percorrer escolas públicas para falar a jovens sobre valorização da vida | Fotos: Joel Rodrigues/ Agência Brasília

O grupo de jovens da faixa etária de 15 a 23 anos surgiu após os integrantes serem afetados por um ato de suicídio nas proximidades do Centro de Ensino Médio de Taguatinga (CMEIT), local em que estudavam. “Naquele momento entendemos que poderia ter sido alguém da nossa escola, e o que estávamos fazendo para evitar? Foi assim que surgiu o Geds, com o intuito de falar com os jovens sobre saúde mental”, conta Kalil. Há quase cinco anos, o grupo realiza diversas ações com profissionais especializados dentro do CMEIT.

A aluna do 4º ano, Rita de Cássia Ribeiro, estava atenta ao que era dito pelos palestrantes. “Eu entendi que cada um tem o seu jeito de ser, o jeito de vestir, do que gosta… Às vezes, ficamos com ansiedade e descontamos na comida ou em outras coisas. Nessas horas é bom falar para a mãe, a avó ou alguém da escola mesmo”, diz.

Rita de Cássia diz que na hora da ansiedade “é bom falar para a mãe, a avó ou alguém da escola mesmo”

Outras dez escolas do ensinos fundamental e médio da rede pública de ensino receberão a palestra do grupo de enfrentamento. Entre elas estão: os centros de Ensino Fundamental 19 e 14, em Ceilândia, os CEF 427 e 507, de Samambaia. A ideia do Geds é criar um ambiente seguro onde os jovens consigam expressar os sentimentos e receber apoio.

Setembro Amarelo na escola

Outras ações estão sendo desenvolvidas pela equipe de orientação educacional da Escola Classe 65. Mural, livro e um imã de geladeira foram confeccionados pela equipe de orientadores com o objetivo de trabalhar o tema durante todo mês na escola.

“Fizemos o livro O mundo amarelo de Pétala, para os professores trabalharem em sala de aula, em conversas, contação de histórias, com metodologias voltadas para a valorização da vida. Estamos em uma comunidade carente com episódios de violência física e psicológica, então, trabalhamos o ano inteiro os temas que são intensificados neste mês”, explica o orientador educacional, Mário Moraes. Ao final do projeto, os alunos farão um jardim de girassol na porta da escola.

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