É muito comum os relatos de pacientes com dores associadas ao período do inverno. Sejam dores no pescoço, lombar ou quaisquer das articulações, além de dores musculares persistentes, que podem ser intensificadas por conta do sedentarismo e/ou com os desgastes articulares que normalmente ocorrem com o avanço da idade.
Em épocas mais frias, algumas pessoas costumam se movimentar menos, a musculatura contrai ficando tensionada por muito tempo, o que limita a circulação entre as articulações, essas por sua vez, quando não são movimentadas e ficam mais rígidas também causam dores.
Quando se coloca a “culpa das dores” na estação climática, e a escolha é somente se aquecer e o uso de anti-inflamatórios e opioides, o problema não será resolvido, muitas vezes está somente sendo mascarado!
Existem muitos casos de pacientes que por conta do uso excessivo de medicamentos não experimentam a evolução e melhora através da atividade física. Os opioides são uma categoria de medicamentos utilizados para alívio de fortes dores, e estes causam uma sensação de “bem-estar provisório”, e ainda existe o risco de dependência pelo uso contínuo sem orientação médica.
Terapia manual
Boa parte das dores podem ser enquadradas como agudas e inespecíficas: algumas permanecem por alguns dias, e depois se resolvem sem obrigatoriedade de cuidados específicos. Entretanto há outros tipos de dores que se potencializam com sedentarismo, sobrepeso, alterações emocionais, estresse, traumas, má qualidade de sono e atividade repetitiva. E para essas dores as condutas podem ser além de medicamentos para o alívio das dores, os alongamentos, exercícios adequados de acordo com a necessidade e capacidade de cada paciente, fortalecimento muscular associados a exercícios respiratórios e terapia manual com técnicas de mobilizações das articulações que estão limitadas.
O acompanhamento psicoterapêutico faz-se necessário, bem como entretenimentos como passeios e atividades sociais que corroboram na aceitação das novas condutas.
Parte dos benefícios de ações como essas, que visam manter o paciente mais ativo e participativo são: melhora do limiar e percepção da dor, gerando um estado de preservação do corpo e mente. Lembrando que para isso é necessário a aceitação do paciente, uma abertura para que ele possa ter mais conhecimento, consciência e movimento do seu corpo, um estado de completo bem-estar físico, mental e social, não somente ausência de dores. Isso se resume a TER SAÚDE!
Agora sabemos, a primeira e melhor escolha não é somente os medicamentos e o uso de mais agasalhos… noites com qualidade de sono, uma boa conversa com chocolate quente, bons relacionamentos associados à prática de atividades física regular é necessário.