Por meio de um acordo de cooperação técnica, a Emater-DF e a Secretaria de Educação (SEE) darão início ao projeto Há Campo, que prevê a oferta de oficinas de empreendedorismo, além da implantação de hortas escolares, sistemas de captação de água da chuva, energia solar e fossas biodigestoras em escolas da rede pública do Distrito Federal. O objetivo é beneficiar 100 unidades de ensino durante um ano.
“Cada região da cidade tem realidades diferentes, o que vai fazer com que as diretorias das unidades de ensino escolham quais ações podem ser implementadas”, explica a assessora técnica da Emater-DF Adriana Dutra. “Com o Há Campo, pretendemos ampliar a cosmovisão do estudante em relação ao seu meio, potencializando os resultados da educação.”
Várias escolas do DF já possuem hortas e equipamentos de captação de água da chuva e energia solar. As que não têm esses recursos serão beneficiadas pelo projeto, por meio desse sistema e da produção de gás a partir dos resíduos orgânicos com as fossas biodigestoras e da utilização dos alimentos cultivados nas próprias hortas pedagógicas.
Aprendizagem integrada
“Ao trabalhar com hortas, podemos levar aos estudantes a possibilidade de integração de vários objetivos de aprendizagem presentes em nosso currículo”, comemora a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
Ela enumera as áreas a serem beneficiadas: “O estudo da geometria na confecção de canteiros, ciências da natureza, quando se observa o papel de microrganismos; língua portuguesa, na leitura e produção de textos instrutivos para processos de cultivo e plantio; educação financeira, ao pensar nas relações comerciais; melhorias em aspectos motores, com o manuseio de ferramentas. Além das questões pedagógicas, podemos apontar questões de saúde, como os benefícios da inclusão de alimentos naturais na dieta”.
Conforme o presidente da Emater-DF, Cleison Duval, o acordo, além de ser representativo pela união de esforços de órgãos públicos, reforça o papel educativo da empresa e leva questões importantes de sustentabilidade para áreas urbanas. “Como extensionistas, já trabalhamos com metodologias de educação não formal”, explica.
A experiência da empresa com metodologias educacionais não formais ajuda no processo, avalia o gestor: “Percebemos que é possível levar tecnologias já adotadas pelo agricultor às escolas, proporcionando economia ao Estado e conhecimento aos jovens. Vamos trabalhar integrados para que o projeto leve muitos benefícios para a comunidade escolar e reforce questões importantes sobre sustentabilidade e alimentação saudável”.