Nessa semana do Dia das Mães, mesmo ciente de que não conseguirei fazer as necessárias ponderações e reflexões, arriscarei uma singela homenagem a todas as mulheres e, por viver num ambiente de trabalho majoritariamente masculino, citando as mães que se dedicam à nossa segurança diária também como profissionais. É notório que o universo da segurança pública é majoritariamente composto por homens. Com muitas barreiras para as mulheres: culturais, políticas e institucionais, dentre outras. Para termos a noção exata desse desafio, na Polícia Federal o número de mulheres não passa de 15% do efetivo.
Interessante lembrar que não faz muito tempo que as mulheres puderam fazer parte de forças policiais. Essa conquista se deu apenas em 1955, com a primeira inserção de mulheres pelo Estado de São Paulo. Parece longe né? Mas não é. Conquista feminina histórica. Para se ter uma ideia do tempo que levou e ainda leva uma conquista dessa, somente em 1983 o Espírito Santo autorizou o primeiro concurso para mulheres na PMES.
Hoje temos, cada vez mais, a necessidade das mulheres no ambiente de segurança. Características específicas e muito importantes, tais como a concentração, dedicação, foco, inteligência emocional, são imprescindíveis para uma investigação efetiva e com os resultados que a sociedade requer.
Luta, carinho e afinco
Mães, parabéns pelo seu dia. Por todos os dias em que vocês dividem todas as qualidades e humanidade com seus filhos e suas profissões. Com luta, com carinho, com afinco… com perseverança. Que, com a evolução da sociedade, cada vez mais ocupem o lugar de mãe e profissional com zelo e dedicação, mas também com o necessário reconhecimento e valorização.
Que possamos chegar juntos no dia em que seja desnecessária a aprovação de leis, como o recente PL 1085/23, que impõe tratamento econômico equivalente para o exercício idêntico de atividades. Atualmente, as mulheres, que correspondem a mais de 51% da população brasileira, recebem cerca de 77% do salário masculino. Vamos continuar lutando para que esse reconhecimento não precise de lei e que sim, seja o reconhecimento da sociedade, da alma e do coração. Afinal… todos precisamos sempre de um colo de Mãe.