A voz do povo é…

População vai às ruas em todo Brasil pedindo “intervenção federal”

Giza Soares
Por Giza Soares 5 Min Leitura
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história do Brasil dividiu, literalmente, o País ao meio. Está acontecendo em todo o Brasil um movimento direitista como nunca houve antes.  O ato já dura cinco dias. Milhares de manifestantes se vestiram de verde e amarelo e ocuparam a frente das sedes dos quartéis e as praças públicas em todo o país.   

Participantes do movimento não aceitam o resultado da Eleição 2022, que deu a vitória ao petista Luiz Inácio Lula da Silva. Eles alegam que houve fraude nas urnas e, por isso, reivindicam: intervenção federal, não à censura, respeito à Constituição e não aos corruptos no poder. E pedem a ajuda das Forças Armadas para “manter o país em ordem”. 

Depoimentos

“Não é que não sabemos perder, como estão dizendo por aí. A verdade é não haver uma coerência. Como nós conseguimos eleger a maior representatividade nos estados, na Câmara e no Senado e não o Presidente?”, diz o comerciante Fábio Maciel, Goiânia-GO.

“O que vemos hoje são cidadãos de bem, além de famílias com crianças de colo, que vêm até nós para somar força no nosso grito de guerra pela liberdade. De forma pacífica, não há roubo, brigas nem depredação do patrimônio público. É um movimento em prol de solicitar ajuda àqueles que tem o poder na mão pela nossa nação”, diz Irwing Alberth de Oliveira Souza, Engenheiro Agrônomo, apoiando as manifestações na BR 153 e no QG de Palmas-TO.

A insatisfação contra a imprensa é unânime. Muitos reclamam das coberturas dos meios de comunicação. “Estão distorcendo os fatos e omitindo a verdade sobre a quantidade de pessoas presentes nos eventos em todo o Brasil”. Isso se ouve por todos os lados no meio do movimento. “Ontem mesmo aqui em Brasília tinha, no mínimo, 5 vezes mais pessoas do que noticiaram, como se estivessem aqui apenas uns gatos-pingados”, disse Letícia.  

A mídia, em geral, diz que não está divulgando as manifestações para não dar ênfase à violência, mas o que vemos é um povo unido e ordeiro. Famílias inteiras, pessoas de todas as idades e até com deficiências presentes em um movimento pacífico, buscando por seus ideais, com a bandeira brasileira em punho, cantando o Hino Nacional repetidamente. 

“Movimento Povo Brasileiro  não tem liderança. Usamos aquilo que temos de mais importante para a nossa identificação: a bandeira do Brasil”, Weligton Nunes | Imagem: Divulgação

Em Brasília, a concentração fica em frente ao Quartel General do Exército (QG), no Setor Militar Urbano, onde percebemos um revezamento das pessoas, que se organizam em turnos para manter a manifestação ativa.  Segundo Weligton Nunes, o  “Movimento Povo Brasileiro  não tem liderança. Usamos aquilo que temos de mais importante para a nossa identificação: a bandeira do Brasil. Onde há um patriota defendendo a liberdade, usando a nossa bandeira e as suas cores, consideramos um ato democrático”, concluiu ele.

Será que o povo brasileiro descobriu o seu poder?

Historicamente, um povo unido não tem para ninguém. É como diz o ditado “a voz do povo é a voz de Deus”.

Atualmente, o que vemos é o retrato de um povo cansado de injustiças contra a sua pátria, lutando bravamente com as armas que tem, como o Hino Nacional. “[…] Verás que um filho teu não foge luta… Ó pátria amada!” — a luta é para impedir que aconteça no Brasil o mesmo que já ocorreu com alguns países vizinhos. Isso é o direito de resistência, incluindo a desobediência civil, que é um instrumento de defesa social da ordem democrática.

É direito do cidadão protestar!

O artigo 5º, inciso IV, da Carta Constitucional dispõe: “É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”. É uma norma constitucional, que faz parte das chamadas liberdades públicas, integrante do núcleo intangível da Constituição, por ser um dos direitos inerentes à cidadania e à personalidade.

Saiba o que é Intervenção Federal:

  • Os Militares, a pedido do povo, tomam as ruas.
  • O Congresso e o Supremo Tribunal são desfeitos.
  • O Presidente da República permanece no Poder, sem a necessidade de uma nova eleição, até o término do seu mandato. 
  • O Presidente poderá concorrer nas novas eleições.
  • Será instaurado o TRIBUNAL MILITAR, com poderes superiores aos do STF, que poderá destituir os seus Ministros.
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